terça-feira, 11 de novembro de 2014

Suficiente para ser feliz

É preciso coragem para seguir. Logo ali um novo mundo te espera. 
Mas só ele pode esperar.
- Então, o que você está esperando? Corre! Vem sem medo! Deixa esse receio pra trás. 
O que vem pela frente vai te fazer querer sempre mais.
- Mais? Achei que já tivesse o suficiente para ser feliz.
- Dizem por aí que nunca estamos satisfeitos, que nada é perfeito.
- Mas vamos relativizar: necessidades e desejos não podem variar?
A verdade é que seguimos um roteiro movido a sonhos: 
sonhamos, planejamos, trabalhamos muito e, finalmente, ele se torna realidade. 
Acabou? Nada disso! É hora traçar novos objetivos, sonhar novos sonhos.
E nessa inconstância da vida, reza a lenda de que, no fim das contas, 
só precisamos de mais amor e menos despedidas.

domingo, 7 de setembro de 2014

A música me conduz

Passo dias contando os dias.
Segundos, minutos e horas que giram lentamente no relógio.
Uma verdadeira valsa resumida em um simples “tiquetaquear”.
Um tempo maluco que ora passa depressa, ora não quer andar.
Quer saber? Danço conforme a música.
É verdade, a música me conduz.
O som que reverbera aqui dentro varia de acordo com o momento.
Nada como um dia punk pra despertar aquele desejo incontrolável de ouvir um reggae.
Hora de acelerar as coisas? Põe um rock no último volume, só para não perder o costume.
Sem esquecer que, para simplesmente viver, basta se jogar na MPB.
Ah! Não vem com essa de “trilha sonora da vida”.
Cada momento tem sua peculiaridade e sua trilha. Nem adianta tentar evitar.
Já não existe música boa ou ruim.
Existem aquelas de momento e as que ultrapassam limites de espaço e de tempo.
Despir-se de qualquer preconceito. Tornar-se eclético.
Querer acelerar, ou retardar, as coisas não faz mais sentido.
O importante é acertar o passo e seguir dançando.
Se você pôde me ouvir até agora com seus olhos, preste atenção: 
há uma imensidão de músicas para serem ouvidas... E vividas. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Somar

Acabo de me inteirar sobre o passado.
Não existem mais metades.
Meio sentimento, meio gesto, meia vontade.
Sou inteiramente o que passo no presente.
Quero abraçar novos motivos para viver a cada dia,
quero perceber detalhes ganhando a imensidão da importância,
quero a certeza de quem arrisca,
mesmo sem saber ao certo o resultado dessa escolha.
Escolhi ser inteira sem precisar que outra existência me complete.
Habita em mim uma plenitude, uma coesão racional e emocional.
Só eu sei bem o que me basta.
Então, se for pra chegar, que seja para somar.
Mas nunca com a pretensão de querer completar
o que já é suficiente em mim.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Monotonia

Essa vontade de escrever me bate de repente.
Chega como quem não quer nada.
Acerta-me como uma brusca pancada.
Até consigo ver estrelas nos embalos dessa confusão. 

A batida foi forte, mexeu com tudo aqui dentro.
Sabe aqueles pensamentos soltos? Prenda-os se for capaz!
Tudo se mistura nesse choque emocional
que descarrega uma eletrizante energia no papel - 
ou na tela do computador. 
Não adianta tentar esquecer, uma hora a lembrança vai chegar.
Escondida, dorme quieta só esperando a hora certa - ou errada - de despertar. 
Foi vivido, não tem jeito. O que se pode fazer? 
Ora, basta decidir se esse pensamento vai ficar.
Ah, mas que tolice, falo como se fosse possível controlar. 

Melhor mesmo continuar a escrever do que permanecer nessa monotonia
de ficar pensando em você.