domingo, 7 de setembro de 2014

A música me conduz

Passo dias contando os dias.
Segundos, minutos e horas que giram lentamente no relógio.
Uma verdadeira valsa resumida em um simples “tiquetaquear”.
Um tempo maluco que ora passa depressa, ora não quer andar.
Quer saber? Danço conforme a música.
É verdade, a música me conduz.
O som que reverbera aqui dentro varia de acordo com o momento.
Nada como um dia punk pra despertar aquele desejo incontrolável de ouvir um reggae.
Hora de acelerar as coisas? Põe um rock no último volume, só para não perder o costume.
Sem esquecer que, para simplesmente viver, basta se jogar na MPB.
Ah! Não vem com essa de “trilha sonora da vida”.
Cada momento tem sua peculiaridade e sua trilha. Nem adianta tentar evitar.
Já não existe música boa ou ruim.
Existem aquelas de momento e as que ultrapassam limites de espaço e de tempo.
Despir-se de qualquer preconceito. Tornar-se eclético.
Querer acelerar, ou retardar, as coisas não faz mais sentido.
O importante é acertar o passo e seguir dançando.
Se você pôde me ouvir até agora com seus olhos, preste atenção: 
há uma imensidão de músicas para serem ouvidas... E vividas. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Somar

Acabo de me inteirar sobre o passado.
Não existem mais metades.
Meio sentimento, meio gesto, meia vontade.
Sou inteiramente o que passo no presente.
Quero abraçar novos motivos para viver a cada dia,
quero perceber detalhes ganhando a imensidão da importância,
quero a certeza de quem arrisca,
mesmo sem saber ao certo o resultado dessa escolha.
Escolhi ser inteira sem precisar que outra existência me complete.
Habita em mim uma plenitude, uma coesão racional e emocional.
Só eu sei bem o que me basta.
Então, se for pra chegar, que seja para somar.
Mas nunca com a pretensão de querer completar
o que já é suficiente em mim.